Um bebê de apenas nove meses foi salvo graças à agilidade de dois policiais militares na noite do último sábado (10), no conjunto CDP, no bairro da Sacramenta, em Belém.
A criança estava inconsciente quando os PMs chegaram à casa da família e iniciaram os procedimentos de socorro. Os pais do garoto vivem em Abaetetuba, no nordeste paraense, e contam que vieram para a capital paraense participar da romaria do Círio de Nazaré. Segundo o tenente Leonardo Dutra, eles tinham acabado de atender uma ocorrência de violência contra mulher nas proximidades do bairro, quando por volta de 20h15 perceberam um tumulto na avenida Tapajós com a rua Jaçanã, no conjunto CDP.
Ao chegar até a residência, cerca de 15 pessoas se aglomeravam dentro de uma garagem. "Confesso que não entendi muito bem o que era. A mãe estava desesperada e logo que entrei, ela colocou o filho nos meus braços. Ele estava sem respirar e inconsciente. Aí eu fui verificar o que tinha acontecido", detalha.
Os familiares estavam tão atordoados com a situação que não conseguiam explicar o que havia acontecido com o bebê.
Ao verificar que a criança estava com o rosto totalmente arroxeado, o que seria sinal da falta de oxigênio, o tenente Dutra começou os primeiros-socorros.
Na primeira tentativa, o garotinho foi colocado sentado de costas para a barriga do policial, que realizou pressões um pouco acima do estômago a fim de fazer com que cuspisse algum líquido que poderia estar impedindo a respiração, mas o procedimento não surtiu efeito.
Na segunda tentativa, a criança foi posta de bruços para receber compressões nas costas.
"Depois de um minuto, a criança deu um suspiro, começou a chorar e voltou a respirar. O sangue voltou a circular e aos poucos ele foi ficando rosado de novo", relembra, aliviado, Dutra.
O soldado Bruno Holanda acompanhou a ocorrência e auxiliou o companheiro de corporação no salvamento. Depois, eles levaram a mãe e a criança para a unidade de saúde da Sacramenta - a mais próxima da casa - onde o bebê foi atendido pelos médicos de plantão e em seguida foi liberado.
Com sete anos na Polícia Militar, Dutra ainda se emociona quando relata a primeira ocorrência desse tipo atendida por ele.
"A sensação é bem gratificante. Como disse, a gente não tá acostumado esse tipo de ocorrência. Sinto que esse caso renovou o nosso compromisso como policial militar", diz. (G1/PA)
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