Neste ano, um terço das 81 cadeiras do Senado será renovada, ou seja, 27 vagas estão em jogo, uma por Estado. Como ocorreu em outros anos, o eleitor terá um “cardápio” de muitos nomes e diferentes propostas.
Atualmente, o Pará é representado na Câmara Alta por três senadores: Jader Barbalho (MDB), reeleito em 2018, Zequinha Marinho (PL), que garantiu sua estreia no Senado no mesmo ano, e Paulo Rocha (PT), eleito em 2014, que agora encerra seu ciclo de oito anos, o dobro de qualquer outro mandato eletivo e um dos atrativos para a disputa.
O cargo tem ampla visibilidade, maiores recursos em emendas e força para articulações políticas. É no Senado que nomes indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF) são sabatinados e aprovados.
A campanha eleitoral no rádio e TV começa em 26 de agosto. Porém, nos bastidores, a temperatura – que já era alta - aumentou no início do mês, com a abertura da “janela partidária”, quando parlamentares em mandato podem trocar de partido. O prazo se encerra em 1 de abril.
No atual cenário, pelo menos seis nomes conhecidos da política paraense já despontam na corrida como “pré-candidatos”. Todos disputam apoios fundamentais na esfera federal e estadual.
Entre os nomes, está do deputado federal Beto Faro, do Partido dos Trabalhadores (PT), que busca substituir o colega de partido, Paulo Rocha. Beto Faro tem como objetivo cruzar do tapete verde, do plenário da Câmara dos Deputados, onde está no seu quinto mandato, para o carpete azul do Senado.
Outro nome na disputa será da jornalista Ursula Vidal, filiada ao partido Rede Sustentabilidade e atual secretária de Cultura do Governo do Estado, pasta que assumiu em 2019, convidada pelo governador Helder Barbalho. Até o momento, é a única mulher pré-candidata, o que pode ser um diferencial por conta da representatividade.
Também estarão na disputa dois ex-senadores, que chegaram a ser colegas de partido e sentaram lado a lado no Senado: Flexa Ribeiro e Mário Couto.
Para reafirmar a pré-candidatura de retorno ao Senado, Flexa Ribeiro deve anunciar nos próximos dias a saída do PSDB e filiação ao Podemos, partido do pré-candidato à presidência Sérgio Moro. Flexa assumiu uma vaga em 2005 como suplente. Em 2010, venceu a corrida ao Senado, ocupando a cadeira até 2018, quando disputou a reeleição.
Em outro lado na disputa deverá estar seu ex-colega de plenário e de partido, o também ex-senador Mário Couto. Recém-filiado ao Partido Liberal (PL), busca retornar à Câmara Alta após oito anos. “Sou pré-candidato na chapa Zequinha Marinho e Jair Bolsonaro, e acredito que com o Zequinha ao lado aumenta nossa chance, por conhecer o sul e sudeste do Pará e tem o apoio do governo federal, além da igreja evangélica”, avaliou Couto.
Pelo PSDB, quem deve disputar a vaga é Manoel Pioneiro. O pré-candidato tucano foi deputado estadual por quatro mandatos, chegando a ser presidente da Alepa.
Ainda pouco conhecido do grande público, vem do Oeste do Estado um outro nome: o vereador por Santarém Aguinaldo Promissória, até então do PSL, entra na disputa com as demandas da Região do Tapajós.
A pré-candidatura dele será lançada dentro de 15 dias, garantiu o deputado estadual Hilton Aguiar, que está deixando o DEM e se filiando ao Avante, e deve assumir o controle do partido no Pará. (oliberal)
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