O ex-sargento do Exército, Edisandro de Jesus da Costa, acusado de assassinar a ex-namorada, Édrica Moreira, em novembro de 2021, em via pública no conjunto Sideral, em Belém, teve o julgamento suspenso pela juíza da 3ª Vara do Tribunal do Júri.
A suspensão ocorreu após o promotor de justiça do Ministério Público do Estado e a defesa do réu solicitarem um exame de insanidade do réu.
A verificação da sanidade mental será feita pelo setor de psiquiatria do Instituto Médico Legal.
Após a conclusão do exame, será emitido um laudo para remeter ao juízo da 3ª Vara do Tribunal do Júri.
Julgamento
Seis testemunhas foram ouvidas no julgamento desta segunda-feira (22), incluindo a testemunha ocular, que é amiga da vítima. Além dela, foram ouvidas a mulher do réu e uma irmã de Édrica, que pediu que o réu fosse retirado do salão onde é realizado o julgamento.
De acordo com a família da vítima, Édrica e Edisandro tiveram um relacionamento de quatro meses e ele apresentava comportamento extremamente agressivo, chegando a ameaçar a família inteira de morte.
A amiga de Édrica, atingida por uma bala no dia do crime, disse que Edisandro chegou a oferecer R$ 500 a ela para convencer Édrica a voltar com ele.
O término do relacionamento ocorreu no dia 28 de outubro de 2021 e o crime foi no dia 11 de novembro.
Ela afirma que havia um coautor, ao descrever a cena do crime informando que havia uma outra pessoa dirigindo o carro usado para forjar o assalto.
A pessoa estava com capuz e saiu da parte de trás do veículo, anunciando o assalto. Édrica ainda chegou a entregar o celular da amiga, mas o homem não levou o aparelho e atirou na amiga.
Em seguida, ele disparou quatro vezes em direção à vítima.
Edisandro confessou que alugou o carro apontado como o transporte utilizado no crime.
Relembre o caso
Édrica Moreira, de 19 anos, morreu no dia 15 de novembro após ser baleada no Conjunto Sideral, em Belém.
Édrica e uma amiga tinham saído para lanchar na noite do dia 11 de novembro e ao voltarem, foram atingidas por tiros disparados por um homem que saiu de um carro anunciando um assalto.
Édrica levou três tiros e amiga, um. As duas jovens foram levadas ao hospital, a amiga recebeu alta, e Édrica morreu três dias depois.
Na época, a família da vítima apontou como principal suspeito o ex-namorado da vítima, até então, 3º sargento do Exército.
De acordo com as informações da família, o militar e Édrica teriam tido um relacionamento e ele não aceitava a separação, o que fez com que a vítima pedisse medida protetiva contra ele. A família informou que Édrica já havia sofrido violência física por parte do militar.
Com o andamento das investigações, a Polícia apreendeu o carro usado no crime na cidade de Abaetetuba, no nordeste do Pará. Nele, encontraram uma arma.
No mesmo dia, o suspeito se apresentou ao 2º Batalhão de Infantaria e Selva em Belém, acompanhado da mulher e do advogado. O acusado ficou detido em uma unidade prisional do Exército. (g1/pa)
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