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A operação cumpre mandados de prisão preventiva e temporária de 33 pessoas, incluindo servidores públicos federais e estaduais. Entre os presos estão o secretário de meio ambiente de Óbidos, Vinícius Picanço Lopes; Luiz Bacelar Guerreiro Júnior, superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santarém; funcionários da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e um integrante da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).
A operação desarticulou a quadrilha de comércio ilegal de madeira. O grupo é acusado de coagir trabalhadores rurais a aceitarem a exploração ilegal de madeira dos assentamentos da região Oeste do Pará, em troca da manutenção de direitos básicos, como o acesso a créditos e a programas sociais.
Segundo a Polícia Federal , o golpe ao patrimônio público é de R$ 31,5 milhões.
A operação foi requerida pelo Ministério Público Federal (MPF) e autorizada pela Justiça Federal.
Também estão sendo cumpridos 37 mandados de busca e apreensão em residências de suspeitos e nos órgãos públicos envolvidos.
O MPF também pediu à Justiça que quatro servidores suspeitos sejam afastados de seus cargos, e que os presos na operação sejam encaminhados ao Centro de Recuperação Sílvio Hall de Moura, em Santarém.
Corrupção ativa e passiva, associação criminosa, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, uso de documento falso, crimes contra a flora e crimes contra a administração ambiental são as acusações ao grupo.
Segundo as investigações do MPF, iniciadas em 2014, o grupo atuava em três frentes interligadas: um núcleo intermediador e empresarial, um núcleo operacional centralizado no Incra e um núcleo relacionado às fraudes em órgãos ambientais.
O primeiro núcleo concentrava os negociantes de créditos florestais fictícios, negociantes são conhecidos como "papeleiros", e empresas que recebiam a madeira extraída ilegalmente, o segundo núcleo atuava diretamente com o desmatamento, sob a permissão de servidores do Incra, e o terceiro núcleo ficava responsável pela mercantilização de informações privilegiadas sobre fiscalizações realizadas por órgãos ambientais, e pela liberação irregular de empresas com pendências nessas instituições.
(DOL com informações da Polícia Federal)
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