A Justiça Militar condenou, nesta sexta-feira (24), os três policiais militares acusados de extorquir o pedreiro Rafael Viana e sua família. O caso aconteceu no bairro do Guamá, em Belém.
O crime teria ocorrido 15 dias antes do jovem, de 21 anos, ser assassinado, no ano de 2007.
Os policiais foram condenados a um ano e quatro meses de reclusão, mas a pena foi convertida em 300 horas de trabalho voluntário. A promotoria afirmou que vai recorrer da decisão judicial.
Sobre o caso: Segundo informações da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH), o pedreiro Rafael Viana teria sido abordado no dia 2 de novembro de 2007, no bairro do Guamá, em Belém, por três policiais militares.
A alegação era de que o jovem, em companhia de outra pessoa, teria tentado roubar uma bicicleta. O suposto comparsa teria conseguido fugir e o pedreiro fora detido primeiro por um policial civil, e depois entregue à viatura chefiada pelo tenente Negrão.
De acordo com informações dos autos do processo, ao invés de ser conduzido a uma delegacia, os PMs teriam levado Rafael até a ponte da Alça Viária, próximo ao município de Acará, a 161 km de Belém. Após torturarem o suspeito, ele foi executado. O corpo do pedreiro foi encontrado boiando no rio Guamá, com marcas de tortura na cabeça e com as mãos amputadas, três dias após o ocorrido, na localidade de Espírito Santo, em Acará.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado (TJE/PA), o julgamento que apura crime de perjúrio, que teria sido praticado durante a instrução do processo de homicídio contra o pedreiro Rafael Viana, praticado por policiais militares sob o comando do tenente Negrão, já foi marcado três vezes e adiado. (G1.PARÁ)
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